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              RESPONDENDO PERGUNTAS #2

1. A galinha precisa ser fecundada pelo galo para botar ovos?
Não. A galinha bota ovos independente de ter sido fecundada pelo galo. Mas se o ovo for fecundado, será chocado por cerca de 20 a 22 dias e dele nascerá um pintinho. Os ovos são chocados ou pela galinha ou pela chocadeira, equipamento que simula a umidade e a temperatura da ave mamãe.
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2. As aves fazem xixi? 
Não, porque elas não têm bexiga para armazenar a urina. Quando ingerem líquidos, estes vão para o intestino, onde são absorvidos, depois passam para o sangue e chegam aos rins, onde são purificados. As impurezas - principalmente uma substância conhecida como urato - se depositam com as fezes numa parte do intestino chamada coprodeu. Nas fezes da maioria das aves existe uma porção esbranquiçada, que é formada pelo urato.

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3. Por que os pássaros não tomam choque quando pousam nos fios?
O choque é a sensação da corrente elétrica que passa de um corpo para outro por meio de um terceiro corpo condutor. Quando um pássaro pousa num fio, os dois ficam com o mesmo potencial elétrico (equilíbrio entre o número de prótons - cargas positivas - e elétrons - cargas negativas). O pássaro tomará choque
se ele, pousado no fio, encostar em um outro corpo com potencial elétrico diferente. Nesse caso, ele se tornaria intermediário entre as cargas do fio e de uma árvore, por exemplo.

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4. Por que o pato não se molha quando nada?
Porque ele produz uma secreção oleosa embaixo da cauda e com o bico retira o óleo e o espalha pelo corpo. Recobertas por essa secreção, as penas tornam-se impermeáveis. Além disso, a camada de ar que fica entre as penas e o corpo ajuda a manter o pato 
flutuando.
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5. Como os animais ouvem? 
De acordo com o zootecnista Alexandre Rossi, cada animal está programado para ouvir em uma determinada freqüência. Muitos deles, inclusive, são capazes de distinguir ultra e infra-sons, imperceptíveis para os humanos. Os elefantes, por exemplo, escutam os gravíssimos infra-sons, presentes em tremores de terra, em alguns ruídos que emitem pela tromba, etc. Os gatos e cachorros, por sua vez, ouvem ultra-sons, agudos demais para as pessoas, e, assim, são capazes de escutar até os ruídos que os ratos fazem entre si. “Para animais que vivem da caça, esta capacidade é primordial, pois o ultra-som possibilita que detectem com precisão a localização da presa”, afirma Rossi. Ele também chama a atenção para o tubarão: “mais do que simplesmente ouvir, este animal sente estímulos elétricos, que denunciam até um coração batendo a alguns metros de distância”. Rossi lembra que algumas espécies chegam a se orientar especialmente por intermédio do som: morcegos e golfinhos utilizam um sistema de emissão e recepção de ultra-sons para “desenhar” o espaço onde estão e se deslocarem com facilidade. O zootecnista também cita os pássaros que, algumas vezes, são capazes de ouvir larvas dentro da madeira ou minhocas cobertas por dez centímetros de terra.


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6. Existe algum animal que não bebe água? 
O coala, mamífero marsupial presente na Austrália, é um dos animais que não bebem água. Nos primeiros meses de vida, o filhote, que nasce pouco maior que uma abelha, vive dentro de uma bolsa no abdômen da mãe. Ele se alimenta de leite e de uma secreção liberada pelo ânus materno. Quando o aparelho digestivo
está formado, o coala passa a ingerir folhas, ramos e brotos de eucalipto, chegando a consumir até um quilo de alimento por dia. Esses animais não bebem água porque seus pratos favoritos contêm todo o líquido de que precisam. Outros animais, como a garça, a girafa, o rato e certas espécies de coelhos, também são capazes de retirar dos alimentos toda a água necessária para a sobrevivência.

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7. Os cangurus conseguem andar para trás?
Esses marsupiais não andam - nem para a frente e muito menos para trás – pois não movem uma perna independentemente da outra, a não ser quando nadam. Por isso, passam a maior parte de suas vidas saltando. “Eles usam a cauda, grossa e pesada, como ponto de apoio para seus saltos”, descreve Mara Cristina Marques de Ângelo, bióloga do setor de mamíferos do Zoológico de São Paulo. Ela poderia dificultar seus movimentos caso os bichos quisessem usar a marcha ré. “Isso não acontece com freqüência, mas é possível que o canguru salte para trás, especialmente se estiver em perigo”, completa a bi
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8. Como o beija-flor consegue voar para trás? 
Luís Fábio Silveira, biólogo curador do Museu de Zoologia de São Paulo, explica que vários fatores fazem com que o beija-flor seja a única ave capaz de voar para trás. Em primeiro lugar, a articulação de seus ombros é muito flexível e, portanto, pode ser movimentada mais livremente do que a de outras aves.
A asa, em contrapartida, é pouco flexível, fazendo com que o conjunto se comporte como uma hélice. “Esta hélice, aliada a potentes músculos peitorais, faz com que o beija-flor seja capaz de se movimentar em qualquer direção”, afirma o estudioso.
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9. Quando a coruja canta?
As corujas, assim como as demais aves, cantam principalmente para marcar seu território. De acordo com o biólogo Luís Fábio Silveira, especialista em aves, nem todas cantam à noite: “as espécies do gênero Glaucidium (caburés) podem se manifestar durante o dia, até mesmo nas horas mais quentes”, detalha. Ele
explica que, em geral, o canto destas aves é bastante variável, sendo difícil encontrar um padrão para todas as espécies: “algumas emitem um assovio melodioso, ao passo que outras têm vozes guturais”, explica o biólogo.
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10. Para que servem as listras das zebras?
As listras das zebras têm como principal utilidade camuflar os bichos de seus inimigos naturais. Você provavelmente irá se perguntar como esses mamíferos em preto e branco conseguem ser confundidos com qualquer outra coisa em meio às savanas africanas. A resposta é simples: seus principais inimigos, os leões, não distinguem cores. Portanto não importa se elas são brancas, pretas, verdes ou vermelhas; o importante é que haja contraste. O disfarce é ainda mais perfeito pelo fato delas andarem em hordas. Assim, ao andarem em velocidades e para lados diferentes, o leão não consegue perceber onde acaba um animal e começa outro, atrapalhando-se no momento de criar um método de ataque. Esse tipo de defesa privilegia mais ainda as zebras fracas que não conseguiriam escapar da ofensiva. Além disso, muitos pesquisadores acreditam que o padrão individual da "estampa" de cada uma sirva como uma impressão digital, facilitando o reconhecimento entre os membros de diferentes bandos.
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